A manifestação contra as restrições impostas à restauração juntou centenas de pessoas no Porto e levou a breves desacatos com a polícia.
Fotos: O IMPRESSO/VÂNIA BARBOSA
Proprietários e funcionários de restauração, bares e comércio manifestaram-se, ontem à tarde, na Avenida dos Aliados. Os profissionais reivindicaram apoios financeiros do Governo ao setor, assim como a reposição de horários, benefícios fiscais e ajudas nos contratos de arrendamento.
“A Pão e Água” é o nome do movimento que une algumas das áreas mais afetadas pela pandemia, cuja situação económica se agravou pelas recentes limitações de horário de funcionamento. O objetivo é melhorar as condições de trabalho do setor dos bares e discotecas, eventos, restauração, comércio e fornecedores diretos e indiretos de todo o país.
Durante o protesto, várias pessoas mostraram desagrado perante a posição do Primeiro-Ministro e afirmaram não ter dinheiro para pagar as despesas habituais e os ordenados dos funcionários, tendo em conta o horário de funcionamento reduzido e o menor fluxo de clientes.
Os bombeiros intervieram quando foram incendiados caixões, como gesto simbólico de luto pelos negócios que estão a fechar. Além da revolta, houve muita emoção. O JPN/O IMPRESSO assistiu ainda a breves confrontos entre os manifestantes e a polícia.
A manifestação contou com a presença do chef de cozinha Ljubomir Stanisic, que quis dar apoio aos colegas de profissão. O Presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, falou aos protestantes, afirmando compreender as dificuldades que atravessam e que “são necessários mais apoios”. O autarca lembrou que a Câmara do Porto, entre outras medidas, anunciou a isenção de taxas e licenças até ao fim de 2021.
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