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Foto do escritorDaniela Oliveira

Eleições EUA: a espera continua, mas Biden está mais perto da vitória

O resultado eleitoral das eleições norte-americanas ainda não é conhecido. Candidatos disputam vitória final nos estados da Pensilvânia, Geórgia, Nevada, Carolina do Norte e Arizona. Joe Biden está próximo de conseguir os 270 votos necessários no Colégio eleitoral.



Fotografia: Sky News



O que se sabe até ao momento


Ainda não foram contados todos os votos, mas Joe Biden lidera com 50.5% , contra 47.7% de Donald Trump, desde a noite eleitoral - terça feira, dia 3 de novembro. Biden conta com 253 votos no Colégio Eleitoral e Donald Trump assegurou 214. Estados que tinham Trump na frente, nas últimas horas colocaram Biden na liderança o que torna o candidato democrata cada vez mais perto de ser declarado vencedor. São precisos 270 votos para ganhar a eleição.


Vamos por estados.



Pensilvânia

Estão em jogo vinte votos eleitorais. Já foram contados 95% dos votos neste estado , onde os dois candidatos apostaram de forma intensiva na campanha. Joe Biden ultrapassou hoje Donald Trump (49,4% contra 49,3%). Faltam contar cerca de 250.000 votos e os candidatos têm uma diferença quase de nove mil votos.



Geórgia

Este estado elege dezasseis eleitores. Faltam 2% dos votos serem contados. Donald Trump esteve na liderança desde terça-feira até esta manhã, quando Biden passou para a frente e está atualmente com uma vantagem de cerca de mil votos, ambos com 49,4%.O estado da Georgia anunciou entretanto que vai recontar os votos.



Nevada

Este estado do Oeste elege seis votos para o Colégio Eleitoral. Já foram contados 92% dos votos. Joe Biden lidera atualmente, com 49,9% contra 48,1% de Donald Trump. Faltam ser contados cerca de 190.000 votos, mas o Estado continua a aceitar sufrágios por correio até à próxima semana.



Carolina do Norte

Em causa, estão quinze votos eleitorais. Já foram apurados 95% dos votos. A vantagem, para já, vai para Donald Trump (50%) sobre Joe Biden (48,6%). Mas, os votos por correspondência enviados até ao dia da eleição, 3 de novembro, são aceites até nove dias depois, 12 de novembro.



Arizona

Este estado elege onze votos eleitorais. 92% dos votos neste Estado já foram apurados. Na noite eleitoral, foi projetado para Biden que continua na frente, mas a vantagem está a ficar mais pequena. Biden conta com 50% contra 48,6% de Trump. A contagem vai continuar durante todo o dia e aguardam-se mais resultados durante a noite.








Canais de televisão cortam discurso de Donald Trump


O presidente Donald Trump dirigiu-se aos norte-americanos quinta feira à noite, pela primeira vez desde a noite eleitoral. Como já tem feito várias vezes, disse que a eleição foi fraudulenta, mas não apresentou provas. "Se contarmos os votos legais, ganho facilmente, se contarmos os votos ilegais, eles podem tentar roubar-nos as eleições”, disse. Mas todos os votos que estão a ser contados neste momento cumprem a lei do país.


Trump fez várias acusações ao sistema eleitoral, mas nunca apresentou qualquer prova. Disse também que a sua equipa está a avançar com processos judiciais no Wisconsin, Michigan, Geórgia, Nevada e Pensilvânia.


Afirmou que as sondagens dos últimos dias foram manipuladas. "Vimos isso, por exemplo, na Carolina do Norte: estávamos muito à frente na noite eleitoral e, embora ainda continuemos à frente, a distância já não é tão grande. Arranjaram os votos que precisavam. E é engraçado como estes votos posteriores são só para um lado.”


De facto, muitos foram os que prenunciaram que o voto por correio penderia mais a favor dos democratas, enquanto o voto presencial terá sido mais a opção do eleitorado republicano. É o que parecem estar a dizer as contagens ainda em aberto. De uma forma geral, os votos presenciais começaram a ser contados primeiro e só depois começou o apuramento dos votos por correio. Assim, Trump começou com grande vantagem em estados como a Carolina do Norte, vantagem esta que foi diminuindo.


Três canais norte-americanos pararam a emissão em direto − ABC, NBC e a CBS -, justificando a decisão com a falta de evidências para comprovar fraude eleitoral no escrutínio.



"Novamente, encontramo-nos na estranha posição de não apenas interromper o presidente dos Estados Unidos da América, mas também corrigi-lo", disse Brian Williams, pivô da MSNBC.


A CNN não cortou a transmissão mas foi corrigindo as informações de Trump. No final, o pivô Jake Tapper disse: “Que noite triste para os Estados Unidos da América, para ouvirem o seu Presidente acusar falsamente pessoas de roubarem as eleições e atacar a democracia com este banquete de mentiras.”




Quanto a Joe Biden, e de acordo com o que está a ser avançado pela CNN, deverá discursar esta noite em horário nobre para os norte-americanos. A contagem de votos prossegue e não há ainda uma perspetiva clara sobre até quando se vai prolongar.



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