O carro de Gasly começou a arder no início da segunda sessão e os ânimos aqueceram mais tarde, no acidente entre Stroll e Verstappen. Bottas liderou.
Fotografia: Nelson Duarte
No primeiro dia, ao fim de 24 anos, que Portugal voltou a ouvir o som dos carros de F1, numa competição oficial, existiram vários erros dos pilotos e alguns problemas técnicos. O circuito foi repavimentado a poucas semanas de receber o Grande Prémio de Portugal de F1, o que pode ser a justificação para se ter apresentado escorregadio e obrigar os pilotos a errar, a par da falta de experiência.
O finlandês Valtteri Bottas dominou o primeiro treino e deixou o companheiro de equipa, Lewis Hamilton a 0.339 segundos, numa sessão sem problemas até Ocon sofrer uma fuga de óleo.
A segunda sessão, na qual a primeira meia hora foi dedicada a testar os pneus da próxima temporada dado que a data limite para notificar a Pirelli acerca do desempenho dos novos compostos termina dia 1 de novembro, apresentou alguns incidentes. Contudo, a Renault cometeu um erro na montagem dos pneus da frente do carro número 3, que levou a uma investigação sem penalização para a equipa ou o piloto em causa, Daniel Ricciardo. A equipa francesa colocou o pneu da frente esquerdo no lugar do pneu direito e vice-versa.
A primeira bandeira vermelha do dia foi decretada após o monolugar da Alpha Tauri de Pierre Gasly começar a deitar fumo e incendiar. O francês, que saiu ileso, seguia com o quinto melhor tempo quando causou a interrupção da ação em pista.
Mais tarde, foi a vez de Lance Stroll (Racing Point) ser empurrado para fora da pista na primeira curva por Max Verstappen (Red Bull Racing), quando o holandês tentava a ultrapassagem por dentro. De imediato, a comissão da FIA, Federação Internacional do Automobilismo, iniciou a investigação ao acidente.
Este painel é composto por TIm Mayer, Felix Holter, o português Paulo Magalhães e o russo Vitaly Petrov. A nomeação do antigo piloto russo como comissário foi contestada por Hamilton devido às declarações de Petrov contra o gesto de ajoelhar antes das corridas. O britânico fechou o dia no oitavo lugar. O seis vezes campeão da modalidade admite surpresa quanto ao traçado e à experiência de condução, "as ondulações são incríveis. Há muitos lugares onde simplesmente não consegues ver para onde estás a ir. Na saída da curva 8, ficas a olhar para o céu durante um período de tempo e não tens ideia do que está a seguir".
Durante sábado, o Autódromo do Algarve, que é o 73.º local a receber uma prova de Fórmula 1, é ainda palco para a terceira sessão de treinos livres e a qualificação para a corrida de domingo.
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