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F1: Do céu ao inferno ou vice-versa

Sergio Perez venceu pela primeira vez na Fórmula 1, após 190 corridas. Mercedes perdeu a corrida nas boxes para desespero de George Russel.

Fotografia: Racing Point


Noite de alegria e muitos sorrisos no pódio, desilusão para Mercedes, Red Bull e Ferrari, na segunda corrida da temporada no Bahrein. A Racing Point conseguiu 40 pontos de uma só vez e alcança, assim, o terceiro posto no campeonato de construtores, dado que, pela primeira vez, coloca os dois pilotos no pódio. Esteban Ocon manteve um ritmo superior a Lance Stroll e segurou o segundo lugar.


A vitória de Perez, cuja presença na próxima temporada não está assegurada, coloca o mexicano no 4.º lugar do campeonato, 13 pontos à frente de Ricciardo. O piloto da Renault que terminou as 87 voltas do circuito na quinta posição a menos de um segundo de Sainz (McLaren). Já Alex Albon, a bordo do único Red Bull em pista, resistiu à pressão final de Kvyat, o russo que fechou o top 7.

Na primeira volta, a luta renhida de Perez e Bottas, afunilando Verstappen (Red Bull), deu lugar a um acidente entre o (futuro) vencedor da corrida e Charles Leclerc (Ferrari). O monolugar vermelho apareceu pelo interior da curva quatro e embateu no Racing Point, o que causou o abandono do monegasco e de Verstappen que, para se desviar, seguiu pela gravilha e perdeu o controlo da direção do carro. Fim de corrida para o holandês, cujo segundo lugar no campeonato de pilotos ainda é possível alcançar graças aos erros da Mercedes.


A responsabilidade do acidente foi atribuída a Charles Leclerc que recebeu uma penalização de três lugares na grelha de partida da próxima corrida. Sobram apenas três pontos na licença do piloto da Ferrari para gerir nos próximos 12 meses a fim de evitar uma corrida de suspensão.

Fotografia: F1

O jovem piloto a quem coube a missão de substituir Lewis Hamilton, após o teste positivo à Covid-19 do heptacampeão mundial, George Russel, estreou-se a pontuar, mas soube a muito pouco. O número 63 ultrapassou o colega de equipa, Valtteri Bottas, logo no início da corrida e liderou até parar nas boxes pela primeira vez, momento no qual já acumulava três segundos de vantagem sobre o finlandês. Quatro voltas mais tarde voltou à condição de líder com uma vantagem de oito segundos. Apesar de um problema num sensor aquando da paragem de Russel, tudo parecia tranquilo para a Mercedes.


No entanto, a paragem em simultâneo dos dois monolugares da Mercedes, que normalmente resulta na perfeição, durante a terceira bandeira amarela da corrida foi um desastre. O jovem britânico recebeu pneus trocados e Bottas, que tinha ficado retido por breves segundos a esperar a vez, demorou 27 segundos na box para, no fim, sair para a pista com os mesmos pneus com os quais tinha entrado na pitlane. Os travões da roda direita dianteira até começaram a pegar fogo após várias dificuldades a trocar o pneu respetivo.

Após perder tempo a seguir o Safety Car, como tinha de ser, Russel regressou às boxes para instalar os pneus corretos e caiu para a sexta posição. No recomeço da corrida, Russel encontrou um espaço para ultrapassar Bottas, numa manobra arriscada, mas quando já se aproximava de Perez, na volta 78, um furo lento dizimou as esperanças de um fim de semana épico. Contudo, Russel ainda subiu de 15.º a 9.º lugar em quatro voltas, terminando logo atrás de Bottas.

A Haas, que na próxima temporada terá como pilotos o alemão Mick Schumacher e o russo Nikita Mazepin, anunciou, entretanto, que Grosjean será substituído na última prova da época pelo brasileiro Pietro Fittipaldi, neto do bicampeão mundial Emerson Fittipaldi, tal como aconteceu este domingo no Grande Prémio de Sahkir.


O brasileiro, quarto membro da família a competir na Fórmula 1, foi o último classificado, em 17.º lugar, já que Latifi também abandonou a prova, na volta 54. O outro Williams, dirigido pelo estreante Jack Aitken, apesar de sofrer um pião sozinho, terminou em 16.º lugar.


A equipa americana, Haas, assinou com o filho do sete vezes campeão Michael Schumacher, que se sagrou campeão na Fórmula 2, em Sakhir, após uma temporada repleta de peripécias, como por exemplo quando teve de abandonar a corrida na Áustria após o extintor explodir no cockpit e a espuma bloquear completamente o seu campo de visão. As expetativas sobre a sua carreira são elevadas, sendo que para já, desde 2015, competiu na Fórmula 4 e venceu o campeonato de Fórmula 3, em 2018.

Fotografia: Fórmula 2


Mick segue-se a Nyck de Vries, campeão em 2019, e a dois pilotos que já estão a deixar a sua marca na grelha da Fórmula 1, Charles Leclerc e George Russel, campeões em 2017 e 2018, respetivamente.

Para a semana há mais. Equipas e pilotos viajam até aos Emirados Árabes Unidos para as últimas voltas de 2020. Resta a dúvida sobre a recuperação, a tempo, por parte de Lewis Hamilton, cujo lugar pode ser de novo ocupado por George Russel,

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