Lewis Hamilton chegou a perder a liderança para Sainz e Bottas, recuperou e não deu hipóteses. O britânico venceu o GP de Portugal, fez a volta mais rápida e faz história.
Fotografia: Twitter Lewis Hamilton
Foram necessárias 263 corridas para Lewis Hamilton bater um recorde que se julgava pertencer a Michael Schumacher por mais anos. O piloto da Mercedes somou a 92.ª vitória da carreira e ultrapassou o feito do alemão. O circuito português será sempre associado a este momento. No entanto, não foi uma corrida fácil para o seis vezes campeão de Fórmula 1, que até teve de lidar com cãibras na perna direita a partir da volta 59.
As luzes de partida apagaram-se numa altura em que Portimão estava coberto de nuvens e já caiam algumas gotas em duas ou três curvas do circuito. Kimi Raikkonen (Alfa Romeo) conquistou 10 posições rapidamente enquanto lá na frente Bottas recuperava a segunda posição obrigando Verstappen (Reb Bull) a sair da pista.
O holandês retomou a linha de corrida para o segundo contacto do fim de semana com um carro da Racing Point. Desta vez, Perez foi a vítima desta vez e rodopiou. Os comissários decretaram como sendo uma situação normal de corrida, logo, não existiram consequências para os pilotos a não ser a paragem do mexicano na box para reparar o carro.
Fotografia: Antonin Vincent / DPP
O guião da primeira volta não fica completo sem a menção ao Mclaren de Sainz, que beneficiou da escolha dos pneus mais suaves e alcançou a segunda posição após ultrapassar Hamilton. Um erro de Bottas na curva 5 deu a liderança ao espanhol por quatro voltas, quando o finlandês recuperou o primeiro posto. Não tardou muito até o companheiro de equipa, Hamilton, com os seus pneus médios já aquecidos, aproximar-se e conquistar a liderança. Bottas tentou defender, até chegou a ir buscar sujidade na reta principal como último recurso, mas simplesmente não tinha aderência suficiente.
Fotografia: Formula 1
A expetativa de chuva e as mudanças na direção do vento adensaram a incerteza ao longa das 66 voltas e obrigaram os pilotos a um grande esforço para controlar os monolugares. De entre as várias lutas da corrida, nem o confronto que já vem sendo habitual entre Kimi e Sebastian Vettel desiludiu nem a luta pelo quinto lugar entre Sergio Perez e Esteban Ocon (Renault). O piloto da Renault apostou numa estratégia de uma única paragem, apenas na volta 53, suficiente para terminar à frente do companheiro, Ricciardo.
Nas últimas voltas, o mexicano da Racing Point perdeu duas posições. Gasly precisou de duas voltas para ultrapassar, num ataque que começou à entrada para a volta 63 e Sainz aproveitou a última oportunidade da prova para conquistar o sexto posto. No entanto, o líder da corrida também os ultrapassou. Alias, 15 pilotos terminaram com uma volta de atraso.
Na corrida não foram decretadas nem bandeiras amarelas nem vermelhas, embora tenha existido um contacto perigoso entre Lance Stroll e Lando Norris (Mclaren) quando o Racing Point utilizou metade da parte de fora da pista para tentar a ultrapassagem na primeira curva, sem sucesso. Stroll acumulou 5 segundos de penalização deste incidente a outra penalização de 5 segundos por exceder os limites do traçado pela quarta vez, chegou a cumprir a sentença numa das paragens na box, mas na volta 51, abandonou a corrida devido a grandes danos.
Como muitos pilotos excederam os limites da pista, os comissários estiveram muito ativos e chegaram a aplicar a bandeira preta e branca, sinal de aviso quando o piloto infringe a regra três vezes, a Latifi, Grosjean, Stroll, Norris e Kviat.
Por sua vez, a Ferrari conseguiu 13 pontos num Grande Prémio no qual tentavam demonstrar os progressos no desenvolvimento dos carros SF1000. Charles Leclerc esteve quase sempre sozinho e terminou na quarta posição a mais de 20 segundos de Max Verstappen, que conquistou o 40.º pódio da carreira.
No que diz respeito à classificação geral individual, Bottas (número 77) tem 17 pontos de vantagem para Verstappen, mas segue 77 pontos atrás de Lewis Hamilton. O britânico precisou apenas de 1:18.750 minutos para conquistar um ponto extra pela volta mais rápida da corrida. Este fim de semana podia ter coincidido com a vitória da Mercedes no campeonato de construtores, mas a festa fica adiada porque a Red Bull conseguiu pontos suficientes que mantêm a equipa matematicamente na luta.
Fotografias: Formula 1, Lewis Hamilton e Jorge Guerrero/AFP via Getty Images
Segue-se agora a viagem do circo da F1 para Imola, que retorna ao calendário após 14 anos de ausência, onde no dia 1 de novembro vão entrar na corrida 20 pilotos com a ambição de vencer.
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