Governo chama funcionários públicos de grupos de risco para fazerem inquéritos de rastreio de contactos dos doentes com o coronavírus. Número pode chegar aos 800.
Fotografia: José Coelho
Conforme previsto aquando da entrada em vigor do Estado de Emergência, a vigorar entre 9 e 23 de novembro, funcionários públicos de qualquer área pode ser requisitado a auxiliar os profissionais de saúde no que diz respeito à execução dos inquéritos epidemiológicos. Os primeiros a receber formação específica para a tarefa a desempenhar 300 são elementos das forças e serviços de segurança e da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC),
Os agentes da Polícia de Segurança Pública, Guarda Nacional Republicana, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e ANEPC que vão realizar estes inquéritos encontram-se em isolamento profilático, os imunodeprimidos e os portadores de doenças crónicas, como diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares.
A investigação epidemiológica tem dois objetivos essenciais, identificar a origem da infeção e identificar e seguir os contactos próximos do caso na comunidade antes do internamento. O rastreio de contactos incluí os profissionais de saúde implicados no atendimento do doente em ambulatório.
O recrutamento para esta tarefa pode ser estendida a mais 500 pessoas, na maioria, técnicos superiores de outros serviços do Estado. O processo está a cargo do Ministério da Saúde. Para já, os 300 agentes vão receber os formulários e guias de elaboração dos inquéritos de forma a iniciar atividade até ao fim do mês, segundo o ministério.
Os trabalhadores mobilizados ficam sujeitos ao dever de sigilo, garantindo a confidencialidade da informação a que, decorrente do exercício destas funções, tenham acesso.
Embora este seja um trabalho realizado a partir de casa, já que o contacto com os doentes é feito através de email e telefone, para efeitos legais de carreira, trata-se de um trabalho efetivo e renumerado.
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