Ciclista da Ineos deixou Hindley (Sunweb) a 39 segundos no contrarrelógio final. João Almeida ultrapassa Bilbao e termina em 4.º na geral.
Fotografias: Giro d'Italia
Chegou ao fim a Volta a Itália e a incerteza de quem ia vestir a maglia rosa em Milão. O vencedor final da prova é o britânico Tao Geoghan Hart, que cumpriu os 15,7 quilómetros finais em 18m14s, retirando a liderança a Jay Hindley. Mesmo falhando o objetivo principal, a Sunweb conquistou o resto do pódio, com Kelderman a terminar no terceiro posto, a 1m29s de Hart.
Fotografias: Vencedores das categorias (Rúben Guerreiro camisola azul) e João Almeida
A etapa do Stelvio, que tinha marcado a viragem na classificação geral da prova, está no centro de um debate sobre a estratégia da Sunweb, já que Kelderman, em teoria, seria mais forte do que o colega de equipa no crono final e, como tal, devia ter sido apoiado na subida. Na realidade, Kelderman confirmou o favoritismo e a Ineos aproveitou para levar o primeiro prémio.
O vencedor da etapa final, Filippo Ganna, também pertence à equipa vencedora do Giro, bem como o terceiro classificado, Rohan Dennis, o australiano que ajudou Hart a vencer a etapa 20. No total, a equipa da Ineos venceu sete das vinte tiradas.
João Almeida (Deceuninck-Quick Step), que liderou a prova durante 15 dias consecutivos, terminou a etapa 21 na quarta posição ao terminar a prova em 17m57s, contra os 18m32s de Pello Bilbao, que estava a apenas 23 segundos na geral. Desta forma, o português garantiu o 4.º lugar na geral, ou seja, o melhor resultado de sempre para o ciclismo luso no Giro. O jovem de 22 anos entrou ainda no pódio, em 3.º lugar, na categoria de melhor ciclista com menos de 25 anos e na classificação por pontos. A camisola branca é envergada por Hart enquanto a camisola roxa pertence a Arnaud Demare, respetivamente.
As marcas atingidas por João Almeida e Rúben Guerreiro (EF), que conquistou a camisola azul da montanha, um feito inédito para o ciclismo português em qualquer umas das três "grandes" voltas (França, Itália e Espanha), receberam inúmeros elogios e captaram a atenção, entre outros, do primeiro-ministro, António Costa, e do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Em nota publicada no site da Presidência é referido que "estes registos constituem a melhor prestação de sempre de ciclistas portugueses no Giro, fizeram jus à história do ciclismo nacional, honraram o nome de Portugal e merecem o reconhecimento do Presidente da República".
O ciclismo português promete continuar em alta, já que o ciclista Rui Costa subiu ao pódio na sexta etapa da Vuelta 2020 para receber a medalha de bronze. A Volta a Espanha termina a 8 de novembro.
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